Equipa técnica da OCDE em visita aos Açores no âmbito do mecanismo europeu de atração de talentos
17:34
A Secretaria Regional da Juventude, Habitação e Emprego, através da Direção Regional da Qualificação Profissional e Emprego, promoveu esta semana, na ilha Terceira, uma sessão de trabalho no âmbito projeto de assistência técnica “Ajudar as Regiões a adaptarem-se às alterações demográficas”, do Pilar 2 do Mecanismo de Reforço de Talentos da Comissão Europeia.
“Estratégias regionais gerais para fazer face às alterações demográficas” foi o tema central de uma reflexão conjunta com a Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória e em representação da AMRAA, Vânia Ferreira, a Presidente do CESA, Piedade Lalanda, o Diretor Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa, Carlos Amaral, o Investigador do CIS-ISCTE Francisco Simões e o Diretor de Qualificação Profissional e Emprego, Renato Medeiros.
Durante o encontro, foram abordadas questões como a disparidade entre ilhas ou entre zonas urbanas e rurais; as iniciativas ou políticas regionais que foram experimentadas para fazer face às alterações demográficas e por que razão funcionaram ou não; bem como as medidas mais importantes que devem ser tomadas para fazer face às alterações demográficas nos Açores.
Na abertura da sessão de trabalho, na qual participou o chefe da equipa da OCDE, Jaebeum Cho, a Secretária Regional da Juventude, Habitação e Emprego reafirmou o empenho do Governo dos Açores no projeto de assistência técnica da OCDE, através do qual está a ser feita uma radiografia da qual resultarão recomendações para a Região enfrentar as alterações demográficas e o desafio da fixação de talento jovem.
“Não procuramos, com este projeto, responsabilizar o que foi feito e o que não foi feito, mas não podem ser ignoradas as decisões políticas que agora têm sido adotadas nas diferentes áreas da governação, entre as quais a candidatura a este projeto”, acrescentou Maria João Carreiro.
Os Açores são uma das 10 regiões selecionadas pela Comissão Europeia para integrar o projeto de assistência da OCDE para enfrentar os desafios demográficos, que não sendo um exclusivo das regiões insulares, têm nestas consequências que importa reconhecer, ultrapassar e inverter.
“A nossa expetativa é de que desse projeto possa resultar uma análise personalizada das condições de partida para uma série de recomendações para que, juntos, entidades públicas e privadas, administração pública regional e local, possamos fortalecer uma intervenção multinível e multissetorial para enfrentar e superar esta problemática”, explicou a Secretária Regional.
Nesse sentido, Maria João Carreiro considera que o projeto de assistência técnica pode resultar num “importante instrumento de suporte” para um renovado impulso às medidas já em vigor, para a adoção de medidas inovadoras e transformadoras e para um compromisso alargado numa “Região que tem nas pessoas e na sua felicidade o seu maior recurso e vantagem competitiva”.
Esta sessão foi integrada na segunda visita da equipa da OCDE aos Açores para reuniões com dirigentes de entidades públicas e privadas e decisores da Administração Pública Regional e Local.
O programa desta segunda visita inclui, também, visitas e reuniões com dirigentes públicos e empresariais das ilhas de São Jorge e de São Miguel, bem como a realização de ‘workshops’ sobre políticas de Transportes, Saúde, Educação, Finanças, Ordenamento do Território e Habitação.
As conclusões do projeto de assistência técnica da OCDE serão conhecidas no segundo semestre de 2025.